
Hoje mais um dia se passou.
E no peito eu trago a saudade, de uma mor distante.
Lá fora a chuva fria e fina, cai lentamente.
E uma saudade louca invade o meu coração.
Meus olhos sem querer, deixam cair uma lágrima, com sabor de dor!
Dentro do peito, um suspiro sufocado,
para ninguém perceber, o soluço que morre na garganta.
Olho pela janela e nada vejo!
Fico olhando a chuva, que cai no chão e lembro-me,
do momento em que nos conhecemos.
Você, ainda se lembra?
No olhar as lágrimas nascem rapidamente.
E não consigo controlá-las pois, você é a causa dessa dor!
A tristeza que está agora em meu olhar, é tão somente por não tê-lo...
A saudade maltrata o coração.
Fere e é capaz de deixar cicatrizes profundas.
Esta saudade, esta distância que nos separa,
que nos deixam longe um de outro, do nosso olhar, machuca muito.
Distante do teu perfume suave e gostoso, que exala num só frescor!
A noite, vai entrando madrugada a fora, e a saudade,
vai aumentando cada instante.
Na penumbra da noite, uma luz brilhando além.
Olho até o horizonte e entre as nuvens a sua imagem,
sorrindo como, se nada estivesse acontecido...
Na tentativa de aproximar, mais perto de você, vasculho todo o meu ser.
E essa tentativa, fere-me profundamente.
Pois sei que não posso trazê-lo.
A única certeza que tenho é que posso, trazê-lo em meu pensamento.
Ficará a doce lembrança dos beijos dados com amor,
dos olhares que trocamos, e do pequeno romance que vivemos.

(Autoria: Sandra Andrade).